sábado, 29 de junho de 2013

INSTINTO ANIMAL - COMO ESCOLHEMOS PARCEIROS


COMO ESCOLHEMOS OS PARCEIROS





REVISTA SUPER INTERESSANTE


Alexandre Versignassi e Nina Weingrill

Não podia ser mais claro: só aquela pessoa entre as 6 bilhões do planeta pode fazer você sentir o que está sentindo. E é muita coisa. Você está mais feliz do que uma criança numa piscina de algodão-doce, as preocupações sumiram... Na verdade, o resto do mundo evaporou. Ela é tudo o que importa. Se ela está longe, você sente dor. Dor para valer, como se tivesse apanhado. Mas, se ela chega perto, vira o melhor analgésico do mundo. Parabéns: você está apaixonado. Caiu na maior peça que a natureza já pregou.
“O amor é um mistério.” Coloque essa frase no Google, em qualquer língua, que vão chover músicas, livros, blogs e o que mais for com esse título. Afinal, seria pretensão demais alguém dizer que entende o amor romântico. Mas não para a ciência. Do ponto de vista de quem estuda o assunto, há um consenso: a paixão é o jeito que o seu corpo encontrou de avisar outra pessoa que uma força maior, totalmente incontrolável, fará com que você esteja sempre por perto.
Pense bem. No fundo, os relacionamentos não passam de um mercado: a tendência é escolher a pessoa mais bonita, inteligente, charmosa e bem resolvida entre aquelas que toparem ficar com você. É como o mercado de aluguéis. O proprietário sempre quer o melhor inquilino do mundo, mas tem de se contentar com o melhor que aparecer. O inquilino quer o apartamento mais incrível, mas tem de ficar feliz com o menos ruim que encontrar.
Nisso, temos uma relação instável: a qualquer momento o inquilino pode se mudar para um apartamento melhor e deixar o proprietário na mão. O dono do imóvel também pode dar uma bundada no inquilino se encontrar alguém mais interessante, como um parente, para morar em seu apartamento.
É para evitar esse tipo de problema que existem contratos para reger os aluguéis: quem passar o outro para trás tem que pagar uma multa. Isso desencoraja tanto um quanto outro de romper o acordo. E as duas partes ficam mais tranqüilas enquanto o contrato está de pé.
O amor funciona mais ou menos assim. Com a diferença que a natureza não escreve leis no papel, mas no seu corpo. Como saber que um parceiro não vai trocar você, leitora, pelo primeiro rabo-de-saia com mais balanço que o seu? E você, leitor? Quem garante que ela não vai fugir com o professor da academia na semana que vem? Ambas as escolhas podem ser tão racionais quanto mudar para um apartamento melhor. Então qual é a saída? Juntar-se com alguém que não está com você por um motivo racional, mas justamente pelo oposto disso: uma emoção. “Uma emoção que a pessoa não decidiu sentir e, portanto, não pode decidir não sentir. Uma emoção que não será imediatamente transferida para outro. Uma emoção que garantidamente não é simulada, porque tem custos fisiológicos como taquicardia, insônia e anorexia. Uma emoção como o amor romântico”, diz o psicólogo Steven Pinker, da Universidade Harvard, em seu livro Como a Mente Funciona.
O amor, então, funciona como um contrato de rescisão com multa altíssima. Alguém completamente apaixonado por você não vai sumir de uma hora para outra, não vai “trocar de apartamento” e deixá-lo na mão (até vai, se for o caso, claro, mas não com a mesma facilidade de alguém que não ama você). Ok. Mas aí chegamos a outro ponto: o que faz esse “contrato de rescisão” surgir assim, do nada?
O ponto é que ele não aparece exatamente do nada. Seu cérebro fica esperto com certos sinais. Sinais que indicam que ali está um bom pai, ou uma boa mãe, para os seus filhos. E um deles está na cara, literalmente. É a...
Beleza
Do mesmo jeito que a natureza não escreve leis de rescisão de contrato, ela não nos equipa com estetoscópios e máquinas de tomografia computadorizada. Mesmo assim, surgiram sinais eficientes para os outros detectarem a saúde de um parceiro potencial, e, em última instância, sua capacidade de gerar muitos e bons filhos. Chamamos o conjunto desses sinais de “beleza”.
Claro que cada tempo e cada lugar tem seus padrões de beleza. Aquelas modelos com maquiagem dos anos 80 parecem palhaças hoje. E a depilação vaginal no estilo brazilian seria uma aberração há 20 anos. Mas moda é uma coisa e sinais de saúde e fertilidade são outra. Esses são universais no tempo e no espaço.
Simetria, por exemplo. Ter um lado do corpo o mais parecido possível com o outro mostra que o seu organismo está ok – mutações genéticas desagradáveis, como nascer com uma perna muito menor que a outra, quebram nossa simetria natural. Diante disso, nossa percepção extrapolou a parte prática e nos muniu com um software que diz “quanto mais simétrico, melhor”. E são essas pessoas que qualquer um vai achar mais bonitas. Tanto que, para ficar feio, basta simular uma assimetria, como pintar um dente de preto na festa junina ou fazer uma careta. Até bebês de 3 meses passam mais tempo olhando rostos bonitos, os perfeitamente simétricos. E têm medo de careta.
“As mulheres, inclusive, atingem mais orgasmos com homens simétricos”, diz a antropóloga Helen Fisher, da Universidade Rutgers, nos EUA. Faz sentido: a contração orgástica faz a mulher absorver mais esperma – suas chances de engravidar do bonitão aumentam.
E elas também ficam mais atraentes justamente quando estão mais férteis: as mãos, orelhas e seios (quem liga para mãos e orelhas?) ficam mais simétricos durante a ovulação.
Existem mais proporções que todo mundo acha naturalmente mais bonitas. Homens com o tronco em forma de triângulo, com ombros largos e sem gordura na cintura ou na barriga, são mais resistentes a vírus e bactérias. Eles podem dar filhos mais saudáveis, então seu corpo já parece mais saudável que os outros do mercado de corpos. Isso também vale para o maior indicador de fertilidade nas mulheres: a relação entre o tamanho da cintura e o dos quadris. Nos homens, nas crianças e nas mulheres que já passaram pela menopausa, a circunferência da cintura mede entre 80 e 95% da dos quadris. Nas mulheres em idade fértil ela fica entre 67 e 80%. Logo que ficam férteis, elas criam um depósito de gordura que serve como reserva de calorias para um eventual bebê.
O instinto dos homens sabe disso, então eles ficam excitados só de ver uma proporção assim. E aí vale aquela regra da simetria: a cabeça extrapola isso e entende que “quanto mais fina a cintura e maior o quadril, melhor”. Pesquisas mostram que os homens gostam mais das que têm uma proporção de 70% ou menos. Faz sentido: os 90-60-90 (90 cm de busto, 60 cm de cintura e 90 cm de quadril) que os concursos de misses consideram como ideal de beleza representam 66%. A Mulher Melancia, capa da Playboy mais vendida no ano, tem 64% (75 x 119 cm). A garota, aliás, não teria problemas para arranjar namorado em nenhuma época. O psicólogo Devendra Singh, da Universidade do Texas, mediu 286 esculturas antigas de mulheres, vindas da Ásia, da África e da Europa, e viu que a proporção entre cintura e quadril nas obras ficava nessa faixa.
Um belo quadril, por sinal, não significa só mais filhos. Uma pesquisa da Universidade de Pittsburgh mostrou que as crianças que tinham mães com a relação cintura-quadril na faixa de 70% apresentavam um QI maior, em média, que as outras. A tese é que as calorias armazenadas ali ajudaram no desenvolvimento do cérebro dos fetos.
Mesmo com essas vantagens todas, todo mundo sabe que um rosto e um corpo bonitos não são tão importantes quando o assunto é amor romântico. O apelo sexual das pessoas com esses sinais externos de saúde e fertilidade é absurdo. Só que ninguém se apaixona por uma bunda, por um par de ombros Michael-Phelpianos ou pelo rosto da Ana Hickman (tudo bem, aí até dá...). O ponto é que a beleza conta, sim. Mas, Vinícius de Moraes que nos perdoe, ela não é fundamental. Existe uma coisa bem mais importante: o sistema imunológico do outro.
Coisa de pele
A reprodução sexuada só existe por um motivo. E não é “dar prazer”. O prazer é só a droga com que o corpo nos recompensa pelo trabalho de combinar nossos genes com os de outra pessoa, já que isso pode gerar um filho.
E tem de recompensar mesmo: ter um filho é como fazer uma retífica de motor nos genes. Por exemplo: se você se reproduzisse por brotamento, como certas formas de vida, e tivesse nascido com um sistema imunológico que não soubesse se defender de algum tipo de vírus mortal, o risco de seu filho nascer com o mesmíssimo problema seria de 100%. Mau negócio.
Mas você é sexuado. Então basta juntar os seus genes com os de alguém imune ao vírus. Aí seus filhos têm mais chance de nascer com o patrimônio genético recauchutado.
Constituir família com uma pessoa assim, que tenha um sistema imunológico complementar ao seu, significa garantir uma prole com mais chances de sobrevivência. Ótimo negócio. Mas e aí? Como saber quem tem esses genes preciosos?
Parece inusitado, mas você tem um equipamento capaz de fazer isso: seu nariz. Uma experiência que já virou clássica, criada pelo biólogo suíço Claus Wedekind em 1995, mostra isso. Funciona assim: primeiro, os cientistas fazem testes em vários homens e mulheres para medir seus sistemas imunológicos. Depois, pedem que eles usem a mesma camiseta por alguns dias e devolvam ao laboratório. Então as mulheres cheiram as dos homens, e vice-versa. E cada um monta um ranking com os cheiros que consideram mais sexy. Resultado: preferimos o odor de quem tem um sistema imunológico diferente do nosso. Quanto maior a diferença, mais gostosa a sensação de cheirar a camiseta. Se uma peça de roupa de alguém com um sistema imunológico complementar ao seu já dá prazer, imagine a pessoa inteira... Isso ajuda a explicar a “coisa de pele” alegada pelos casais apaixonados. Do ponto de vista do sistema imunológico, eles realmente são duas metades, um é a tampa da panela do outro. E que se dane que ele não seja o Cauã Reymond nem ela a Grazi Massafera. O amor pode até ser cego de vez em quando, só que tem olfato.
Mas o segredo do amor não está só na diferença. As semelhanças são fundamentais e também contam pontos no sucesso de um relacionamento. Há um pouco de Narciso aí dentro de você: na hora de se juntar para valer com alguém, pode achar feio o que não é espelho.
Almas gêmeas
Imagine o seu próprio rosto transformado em um do sexo oposto. É possível que você considere essa pessoa virtual como o melhor par romântico possível. É o que concluiu o psicólogo David Perret, da Universidade Saint Andrews, na Escócia, depois de pesquisar as reações de seus estudantes aos próprios rostos metamorfoseados. A maioria escolheu a si mesmo, sem saber, como o parceiro ideal.
Isso parece contradizer a história dos sistemas imunológicos diferentes. Mas, na verdade, uma coisa não invalida a outra: realmente existem casais que se parecem com irmãos, mas isso não significa que essas mesmas pessoas se sintam atraídas por seus irmãos do sexo oposto – cujas defesas do organismo são quase idênticas.
Mas é fato que as pessoas parecidas com você inspiram mais confiança, dizem os pesquisadores. Por quê? Segundo Perret, talvez porque elas lembrem o rosto dos seus pais, as primeiras pessoas em quem você confiou na vida.
Quando o assunto é atração sexual pura e simples, a vantagem é do tipos mais diferentes: um homem baixo pode ter a fantasia de transar com uma mulher muito alta ou uma princesinha de ir para a cama com um ogro. Mas, na hora de escolher para o longo prazo, é básico que haja identificação, seja na aparência, seja na mente.
“Todos nós carregamos uma marca psicológica que leva minúcias sobre experiências da nossa vida e as cicatrizes que essas experiências deixam em nós. Ao conhecer alguém que fisicamente possa nos interessar, procuramos escanear essas marcas nela”, diz o psicólogo Arthur Aron, da Universidade Stony Brook, nos EUA.
A ideia aqui é a seguinte: as pessoas que mais atraem você são aquelas que têm “cicatrizes” parecidas com as suas. Mas com algo a ensinar. “O parceiro ideal, nesse caso, é aquele que sofreu com problemas parecidos com os seus, mas encontrou maneiras diferentes de resolvê-los”, Aron afirma. Por esse ponto de vista, um homem que teve uma infância problemática vai preferir uma moça sensacional que passou pela mesma experiência do que outra tão interessante quanto, mas que não viveu nada disso.
Mas você sabe que não precisa saber a biografia toda de alguém para se apaixonar. Segundo pesquisas que Aron fez com pessoas que não se conheciam, meia hora de conversa é o suficiente para saber se existe alguma conexão. Se houver mesmo, algum tempo depois uma avalanche química vai invadir o cérebro. E você vai saber que se apaixonou.
O processo, lá dentro, começa com descargas de dopamina – a mesma substância que a cocaína e a heroína ativam no cérebro. É ela que faz você se sentir violentamente feliz quando o ser amado está por perto. É ela que dá a sensação de que o mundo todo está soltando fogos enquanto vocês se beijam. Por outro lado, os efeitos colaterais são insônia, taquicardia e falta de apetite. Sem falar na sensação de dependência química – as dores físicas que os apaixonados sentem têm um paralelo nas crises de abstinência dos viciados em drogas.
Essa montanha-russa é demais para qualquer organismo. Por isso mesmo a paixão tem data para expirar: até 3 anos. E o que a faz evaporar é justamente um relacionamento saudável. Isso mesmo: quem destrói os hormônios da paixão são substâncias que o corpo libera durante os orgasmos (veja na página 100). Se a relação continuar bem, elas vão fazer você se sentir cada vez melhor com o seu par, fortalecendo os laços entre os dois. E serão o gatilho para o instinto de virar mãe e pai – as mulheres, por exemplo, têm esses mesmos hormônios ativados durante a amamentação. Aí todos vão viver felizes para sempre... A não ser que um dos dois pule fora para recomeçar esse jogo todo com outra pessoa. Afinal, paixão vicia. E nem todo mundo usa com moderação.

Amor químico

O jogo do relacionamento tem 3 estágios. Cada um dirigido por hormônios diferentes. Veja como
1. Atração
Quem manda aqui é a testosterona, presente nos homens e nas mulheres, mas em quantidade bem maior nos machos. Ela dá o impulso para você chegar em alguém interessante.
2. Paixão
Se você ficar encantado(a), entra em ação a dopamina, que causa euforia e faz com que você concentre toda a atenção possível no seu amor. Efeitos colaterais: insônia, perda de apetite e taquicardia.
3. Comprometimento
Com o tempo a paixão violenta baixa, e quem toma terreno é a ocitocina (nas mulheres) e a vasopresina (nos homens). Eles transformam o turbilhão de êxtase do começo num mar calmo de satisfação.

Epílogo

Encontrar o “par perfeito” é uma tarefa sujeita às leis da natureza. Depois cada casal constrói a sua história, certo? Mais ou menos. Veja as classificações que psicólogos criaram para descrever os tipos de relacionamento mais comuns:
Pai e filho
Um dos parceiros se comporta como o filho. Ele acredita que, se continuar assim, inseguro e dependente, o parceiro vai cuidar dele. O que assume o papel de pai se esquece das próprias necessidades.
Mestre e escravo
Um dos parceiros fica inseguro se algum dia sentir que pode ficar subordinado ao outro, então acaba assumindo a posição de comando, enquanto o outro, que teme a responsabilidade, deixa-se ser controlado.
Caça e caçador
Aqui, o acordo (inconsciente) é que um fique buscando intimidade e o outro fuja dela o tempo todo. Às vezes a presa vira caçador, e o jogo continua.
Ídolo e fã
Um consente em colocar o outro em um pedestal porque não quer competir e evita se comparar com o parceiro, atitudes que poderiam gerar conflito. Para que isso não aconteça, os dois concordam inconscientemente com sua posição.
Cão e gato
Na superfície, mal parece um casal. Brigam o tempo todo por qualquer motivo e evitam a intimidade criando um campo de guerra. Mas eles gostam. Não das brigas, mas das recompensas que surgem nas tréguas.

Para saber mais

Por Que Amamos: A Natureza e a Química do Amor Romântico
Helen Fisher, Editora Record.
Science of Love: The Wisdom of Well-Being
Thomas Jay Oord, Templeton Foundation Press.

FEROMÔNIOS - O CHEIRO DO AMOR



FEROMÔNIOS - O CHEIRO DO AMOR


"A palavra feromônio deriva do grego e significa "que transmite excitação". São substâncias que funcionam como mensageiros entre seres da mesma espécie, desencadeando respostas fisiológicas e comportamentais previsíveis. Eles foram originariamente descritos em insetos, nos quais apresentam importância fundamental para a preservação da espécie. Podem agir, por exemplo, atraindo o macho até a fêmea, ou retardando a maturação sexual em abelhas fêmeas, que então se tornariam operárias."

A importância dos feromônios, nos mamíferos, é menor, em parte devido ao desenvolvimento de outras formas de comunicação, como expressões faciais, gestos e linguagens. Os mamíferos, exceto o homem, possuem glândulas especiais que produzem feromônios, e como não possuem antenas, eles desenvolveram um órgão chamado "Órgão Vomeronasal" (OVN), que funciona como um receptor de feromônios. Esse órgão é mais sensível que o olfato, já que consegue detectar quantidades mínimas de moléculas.

O papel do olfato, em seres humanos, é inegável. Basta olharmos a milionária indústria dos perfumes. Entretanto, parece claro que as relações humanas são governadas por muito mais do que sinais químicos. Assim, o papel dos feromônios nas relações entre homens e mulheres tem sido alvo de grande controvérsia entre os pesquisadores.

A existência do OVN em fetos humanos é bastante conhecida, mas em adultos a questão é complexa. Alguns pesquisadores conseguiram demonstrar, através de estudos anatômicos e de imagem, a existência desse órgão no teto da cavidade nasal de alguns indivíduos estudados, mas não em todos. Outros estudiosos avaliaram se as células desse órgão, em humanos, respondiam a estímulos, mas os resultados encontrados foram conflitantes. Entretanto, como afirma o pesquisador Michael Meredith: "A presença ou a ausência de feromônios e de seu papel na comunicação entre seres humanos independe da existência e/ou da funcionalidade do OVN humano".
Feromônios humanos
O pesquisador McClintock estudou garotas que utilizavam o mesmo dormitório em um colégio, e foi um dos primeiros a relatar o sincronismo do ciclo menstrual entre essas garotas. Para Terence Monmaney, essa seria a evidência mais forte da existência de feromônios na espécie humana. Entretanto, ele mesmo afirma que esse sincronismo teria sido alcançado porque as garotas comiam, estudavam, tomavam banho, conversavam e passavam toda a noite juntas, além de passarem por estresses e alegrias semelhantes e não devido a mensagens químicas.

Em outro estudo, Russel coletou amostras de suor da axila de uma mulher com ciclo menstrual regular. Com essa amostra, ele produziu uma solução alcoólica e a aplicou no lábio superior de um grupo de mulheres. Para comparar, ele aplicou em outro grupo de mulheres apenas o álcool. Os resultados encontrados foram que as mulheres que usaram a solução com suor apresentaram sincronização de seus ciclos menstruais.

Outras evidências a favor da existência de feromônios e de seu papel na espécie humana vêm de estudos realizados com recém-nascidos. Foi demonstrado que eles são capazes de reconhecer peças de roupa usadas por suas mães e de repelir as usadas por estranhos. Já as mães seriam capazes de reconhecer, no meio de uma pilha de roupas, as que foram usadas por seus filhos. Apesar disso, não se tem certeza se esses fatos seriam realmente devidos aos feromônios.

Soma-se a isso a observação de que pessoas afetadas por determinadas doenças que cursam com perda do olfato apresentam dificuldades de relacionamento, inclusive com perda do desejo sexual.

Aparentemente, o olfato parece ter uma implicação importante no comportamento sexual humano. Foram descobertas várias substâncias presentes em secreções corporais que poderiam atuar como feromônios sexuais, como por exemplo, a androstandienona do suor masculino e as copulinas da secreção vaginal.

Alguns estudos foram realizados usando-se substâncias semelhantes aos feromônios, baseados na hipótese de que os feromônios com função atrativa sexual apresentariam odor agradável. Entretanto, os resultados não confirmaram essa hipótese, levando à conclusão de que odores agradáveis não necessariamente significam atração sexual. Aliás, algo facilmente reconhecido é que nem todo odor agradável tem associações sexuais.

Jennings-White estudou as respostas do OVN humano a substâncias semelhantes aos feromônios e encontrou que as mais ativas foram: estratetraenol e androstandienona. Também relatou que elas são sexo-específicas, ou seja, a primeira atua sobre os homens e, a segunda, sobre as mulheres. Os feromônios de outras espécies não mostraram ação sobre o OVN humano.

Parece que, como em outros mamíferos, através dos feromônios, as mulheres conseguiriam evitar parceiros com alguns tipos de genes semelhantes aos dela, como um mecanismo "anti-incesto". Isso seria conseguido através de substâncias específicas exaladas por cada indivíduo.

Em um estudo publicado em 1999, os pesquisadores avaliaram as respostas de homens e mulheres com relação à simetria e ao odor corporais. Foi percebido que a sensualidade do odor é um indicador mais relevante na escolha do parceiro, mais do que simplesmente se o odor é agradável ou não. Um achado interessante foi o de que as mulheres percebem mais a diferença entre um odor agradável e um odor sensual durante a fase mais fértil do ciclo menstrual. Assim, foi concluído que o odor corporal é um fator relevante na escolha do parceiro.

Enquanto os homens parecem, claramente, escolher parceiras que apresentam um equilíbrio desenvolvido, ou seja, são mais capazes de lidar com problemas, o papel desse fator na escolha feminina mostra-se mais complexo.

De acordo com a teoria parental, a escolha feminina estaria baseada em parceiros capazes de fornecer benefícios materiais, proteção e cuidados para a sobrevivência dos filhos. Por outro lado, os felizardos devem também oferecer vantagens hereditárias à descendência. Mas parece que esses dados nem sempre andam juntos. Os homens mais atraentes e com corpo mais simétrico (e possivelmente com maior equilíbrio) teriam maiores chances de aumentar seu potencial reprodutivo com múltiplas parceiras do que investindo em construir uma única família. Alguns pesquisadores demonstraram que os homens mais atraentes e simétricos apresentam mais relações intra e extraconjugais.

A estratégia feminina para escolher um parceiro teria, então, que estabelecer um acordo entre as necessidades materiais e os benefícios genéticos. A melhor solução seria que a mulher, em primeiro lugar, procurasse um parceiro no qual o investimento a longo prazo fosse mais confiável e, então, tentasse otimizar a carga genética de seus filhos mantendo relações com homens mais atraentes. Nessa questão, Baker afirma que, mulheres mais avançadas na escala de evolução, apresentam uma tendência aumentada a fazer uma "busca por genes", através de relações extraconjugais. Os sinais olfatórios e as respostas desencadeadas por eles seriam as pistas mais importantes nessa busca.

No período próximo à ovulação, as mulheres estariam mais sensíveis aos feromônios masculinos, quando comparado às outras fases do ciclo. Isso poderia explicar os resultados encontrados no estudo citado acima. Além disso, parece que os efeitos dos feromônios estariam na dependência da atuação do sistema imune do indivíduo que percebe o odor.

Muitas são as empresas que têm investido no ramo lucrativo da atração sexual entre homens e mulheres. Mesmo não tendo sido provados a existência e o real papel dos feromônios nas relações humanas, centenas de perfumes, óleos e essências já foram lançados no mercado, arrebanhando milhares de pessoas com a promessa de se tornarem atraentes, irresistíveis.

Entretanto, precisamos ter uma posição crítica quanto a esses produtos, já que ainda não foram definidos a existência nem o papel dos possíveis feromônios humanos. Além disso, a maioria desses produtos contém substâncias sem ação sobre a espécie humana, tratando-se de compostos semelhantes a feromônios de outros mamíferos (porco, por exemplo). Se lembrarmos que os feromônios são espécie-específicos, essa última consideração fica ainda mais clara.

Assim, a confirmação da existência e funcionalidade dos feromônios é necessária para justificar pesquisas que levem ao desenvolvimento de produtos realmente efetivos, baseados em substâncias próprias da espécie humana e não de outros mamíferos.

Muitos cientistas estão, atualmente, realizando pesquisas sobre os feromônios na espécie humana. Entretanto, essas pesquisas são baseadas principalmente no seu papel de atraentes sexuais, e não em outras possíveis funções. É provável que, no futuro, a existência dessas substâncias atuando sobre o OVN humano seja definitivamente provada, porém, seu papel na atração sexual parece ser menor do que o esperado devido ao maior desenvolvimento da percepção visual da beleza, em seres humanos. Assim, a beleza percebida através dos olhos seria mais atraente do que a percebida pelo nariz.

Caso seja provado que os feromônios realmente apresentam papel indispensável na atração sexual, seu uso poderá ser difundido não apenas pela indústria de perfumaria, mas também por outras áreas. O interesse por feromônios que tenham outras funções seria aumentado, ampliando o seu uso. Como exemplo, poderíamos citar o uso de feromônios com possível ação repressora da reprodução como um método contraceptivo eficaz e sem efeitos colaterais. Homens e mulheres poderiam, assim, desfrutar de momentos românticos com mais sensualidade do que nunca, sem se preocuparem com as conseqüências.

É só cruzar os dedos!!!

domingo, 23 de junho de 2013

MULHERES FABULOSAS DO BRASIL - CHIQUINHA GONZAGA




CHIQUINHA GONZAGA

Chiquinha Gonzaga (1847-1935) foi compositora, pianista e regente brasileira. Primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Autora da primeira marchinha de carnaval "Ó abre alas". Desde criança mostrou interesse pela música. Dedicou-se ao piano e compôs valsas e polcas. Separada do marido, dava aulas de piano e apresentava-se com o conjunto Choro Carioca, em festas domésticas, tocando piano. Seu primeiro sucesso, com 29 anos, foi a composição "Atraente", um animado choro. Se dedicou a musicar peças para o Teatro de Revista, sofrendo preconceitos, mas finalmente inicia sua carreira de maestrina com a revista "A corte na roça". Sua música faz grande sucesso e recebe vários convites de trabalho. Sua carreira ganha prestígio com a marcha-rancho "Ó abre alas" feita para o carnaval de 1899.
A peça de teatro "Forrobodó", musicada por Chiquinha Gonzaga, e apresentada em um bairro pobre do Rio de Janeiro, torna-se um sucesso, atingindo 1500 apresentações. As músicas são cantadas por toda cidade. "Forrobodó" torna-se o maior sucesso teatral de Chiquinha e um dos maiores do Teatro de Revista do Brasil.
Chiquinha Gonzaga lutou pelos direitos autorais, depois de encontrar em Berlim, várias partituras suas, reproduzidas sem autorização. É fundadora, sócia e patrona da SBAT - Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, ocupando a cadeira nº 1.
Francisca Edwiges Neves Gonzaga (1847-1935) ficou conhecida como Chiquinha Gonzaga. Nasceu no Rio de Janeiro no dia 17 de outubro. Filha de José Basileu Alves Gonzaga, primeiro-tenente, de família ilustre do Império, e Rosa Maria Lima, mestiça e pobre. Apesar da família de José Basileu não ter grandes condições financeiras, Chiquinha Gonzaga recebeu a mesma educação dada às crianças burguesas da época. Estudou português, cálculo, inglês e religião com o Cônego Trindade e música com o Maestro Lobo.
Em 1863, com dezesseis anos, seguindo as exigências do seu pai, Chiquinha Gonzaga casa-se com Jacinto Ribeiro do Amaral, um jovem e rico oficial da Marinha, oito anos mais velho que ela. Em 1864 nasce seu filho João Gualberto e em 1865 nasce Maria do Patrocínio. Chiquinha, de gênio forte e decidida, continua sua dedicação ao piano, compondo valsas e polcas, para desagrado do marido.
Em 1866, Chiquinha Gonzaga é obrigada pelo marido, co-proprietário de um navio e Comandante da Marinha Mercante, a acompanhá-lo no transporte de escravos, armas e soldados para a Guerra do Paraguai. Insatisfeita com a situação, pois as ordens do marido era que ela não se envolvesse com música, Chiquinha volta com o filho para a casa de seus pais, onde havia ficado sua filha Maria. Não tendo apoio da família e descobrindo que está grávida volta a viver com seu marido. Em 1867 nasce seu terceiro filho Hilário. O casamento durou pouco tempo.
Após a separação, Chiquinha passa a viver com o Engenheiro João Batista de Carvalho Júnior. Levando seu filho João Gualberto, o casal vai morar em Minas Gerais. Em 24 de agosto de 1876 nasce Alice, filha do casal. Pouco depois com ciúme do marido, Chiquinha volta para o Rio de Janeiro, com seu filho João Gualberto, deixando Alice com o pai.
Chiquinha volta a viver da música. Dava aulas de piano e obteve grande sucesso, compondo polcas, valsas, tangos e cançonetas. Ao mesmo tempo, juntou-se a um grupo de músicos de choro. Foi a necessidade de adaptar o som de seu piano ao gosto popular que lhe valeu a glória de se tornar a primeira compositora popular do país. O sucesso de Chiquinha Gonzaga começou em 1877, com a polca "Atraente". A partir da repercussão de sua primeira composição impressa, Chiquinha resolveu se lançar no teatro de variedades. Estreou compondo a trilha da opereta de costumes "A Corte na Roça", de 1885.
Em 1899, Chiquinha conhece o músico português, João Batista Fernandes Lages, que vivia no Rio de Janeiro. Chiquinha com 52 anos e ele com apenas 16, começaram um relacionamento. Para não enfrentar o moralismo da época, Chiquinha registrou João Batista como seu filho. Viveram juntos e felizes, mas Chiquinha protegia sua privacidade.
Em 1934, aos 87 anos, Chiquinha Gonzaga escreveu a partitura da opereta "Maria". Chiquinha compôs as músicas de 77 peças teatrais, tornando-se responsável por cerca de 2.000 composições. Em 1897, todo o Brasil dançou sua estilização do corta-jaca, sob a forma de tango "Gaúcho", mais conhecido como "Corta-Jaca". Dois anos depois, compôs "Ó Abre Alas", a primeira marcha carnavalesca.
E foi cercada dessa glória que Chiquinha Gonzaga viveu em companhia de João Batista, até 28 de fevereiro de 1935, quando faleceu.

sábado, 22 de junho de 2013

SEU SILÊNCIO TANTAS RESPOSTAS - LALY OLIVER


SEU SILÊNCIO TANTAS RESPOSTAS

Por Laly Oliver


Abri as defesas,
desnudei minha alma.
Tantas palavras,
nenhuma resposta.
Te mostrei minha mente,
Te abri o coração.
Tantos sentimentos,
nenhuma resposta.
Te mostrei a verdade,
você fechou os olhos.
Te disse a verdade,
você fechou os ouvidos.
Te abri o contexto,
nenhuma resposta.
Porém  o silêncio responde mais,
do qualquer diálogo.
Então guardei as verdades,
guardei a vastidão das minhas ideias,
guardei a grandeza dos meus sentimentos,
guardei a essência da minha alma,
na mochila do meu coração.
De novo na estrada,
pés desnudos,
alma lavada, 
mente arejada,
pronta para novas paradas.
Mochila no peito,
cabeça erguida.
Alma sedenta.
Que sorte eu amar caminhar.
Ser apaixonada por mim,
por todas as magias que guardo
para quem merecer
caminhar comigo.
Você poderia ter aprendido.
Você tinha um mestre a seu lado.
Mas respeito seu livre arbítreo 
Valorizo demais escolhas feitas com o coração.
Então virei minhas costas,
E sinto a mão do universo a me guiar.
Foi uma pena.
Mas estou renovada,
de novo na estrada,
não canso de tentar.....



quinta-feira, 20 de junho de 2013

SUPER LUA - 23 DE JUNHO DE 2013 - O QUE DIZEM OS ESOTÉRICOS




SUPER LUA 23 DE JUNHO DE 2013

A próxima lua cheia, no dia 23 de junho, é promessa de espetáculo. Devido à aproximação do satélite em relação à Terra, graças à sua passagem pelo trecho mais estreito de sua órbita em torno do planeta (o chamado perigeu), a Lua aparecerá maior e mais luminosa.
Por volta das 7h52min, a Lua estará a 357.162 quilômetros de distância da Terra _ bastante próxima, se comparada aos mais de 406 mil quilômetros que a separam de nós nos trechos mais distantes da órbita lunar, durante o apogeu.
Os momentos de maior beleza devem ocorrer durante o nascimento do astro – às 18h16min –, quando os pontos de referência no horizonte (prédios, morros, árvores) fazem o cérebro interpretar a imagem da Lua como ainda maior.
O QUE DIZEM OS MÍSTICOS
Magno Constantino
 Uma vez por ano acontece o fenômeno “lua perigeu” que ofusca a chuva de meteoros dos restos do cometa Halley.
É o momento em que a lua se posiciona muito próxima da terra permanecendo em sua fase cheia, devido à altura. O termo Lua Pirigeu é devido a sua orbita elíptica em torno da terra, um de seus lados (pirigeu) cerca de 50.000 km mais próximo que o outro lado (apogeu). A lua se 
alinhara com a terra e com o sol, tornando se Cheia.
O termo Lua de Cristal é devido a chuva de meteoros que a torna mais brilhante e mágica. Este termo foi utilizado pela primeira vez pelo Bruxo e Mago Magno Constantino ao qual foi o precursor de rituais, magias e feitiços voltados para este fenômeno.
É uma Lua excelente para rituais de crescimento em curto prazo. Ela traz os benefícios da lua crescente, que faz com que as coisas cresçam , nutram, ganhe vida e força com a luz da Lua cheia, que fortifica, ilumina, aumenta e triplica o poder e a força de todos os rituais realizados sob sua influencia.
Esta Lua aumenta as mares e nos traz a força e os poderes das águas. Faça rituais para objetivos que você queira que dure para sempre. Rituais feitos nesta lua são difíceis de ser quebrados.
Aproveite também para proteger você e tudo que é seu.
Faça um circulo de velas brancas e oferece aos guardiões da Lua Cheia. Faça seus pedidos, reforce seus votos, pratique mancias, dance e cante.

Os rituais feitos na lua cheia tradicional são muito fortes, porém os praticados na Lua de Cristal são rituais mais iluminados.
Dizem também que neste dia é possível ver espíritos de luz e anjos.
Consagre todos os seus instrumentos, faça feitiços de defesa com espelhos e de beleza com rosas brancas e perfumes.
Sua energia serve também para aumentar a força dos empreendimentos já iniciados e das ideias já concretizadas.
Diz se que é a lua dos Magos, a Lua da Magia Mística sagrados, dos ciganos, dos Oriente, dos Anjos, dos espíritos de luz, da Grande fraternidade Branca e da paz e união universal.
É o dia em que todos os portais se alinham para a pratica do bem e do amor. Do crescimento e da esperança.
Aproveite todas às influencias desta Lua e da energia maravilhosa que emana do ventre da Deusa.
 

MULHERES FABULOSAS DO BRASIL - NÍSIA FLORESTA


NÍSIA FLORESTA


Em seu livro Patronos e Acadêmicos - referente às personalidades da Academia Norte-Riograndense de Letras -, Veríssimo de Melo começa o capítulo sobre Nísia da seguinte maneira: “Nísia Floresta Brasileira Augusta foi a mais notável mulher que a História do Rio Grande do Norte registra”. 

De fato, a história e a obra de Nísia são de uma importância rara. “Infelizmente, a falta de divulgação da obra de Nísia tem sido responsável pelo enorme desconhecimento de sua vida singular e de seus livros considerados de grande valor”, diz Veríssimo. 

A educadora, escritora e poetisa nascida em 12 de outubro de 1810, em Papari, Rio Grande do Norte, filha do português Dionísio Gonçalves Pinto com uma brasileira, Antônia Clara Freire, foi batizada como Dionísia Gonçalves Pinto, mas ficou conhecida pelo pseudônimo de Nísia Floresta Brasileira Augusta. Nísia é o final de seu nome de batismo. Floresta, o nome do sítio onde nasceu. Brasileira é o símbolo de seu ufanismo, uma necessidade de afirmativa para quem viveu quase três décadas na Europa. Augusta é uma recordação de seu segundo marido, Manuel Augusto de Faria Rocha, com quem se casou em 1828, pai de sua filha Lívia Augusta. 

Neste mesmo ano, o pai de Nísia havia sido assassinado no Recife, para onde a família havia se mudado. Em 1831, ela dá seus primeiros passos nas letras, publicando em um jornal pernambucano uma série de artigos sobre a condição feminina. Do Recife, já viúva, com a pequena Lívia e sua mãe, Nísia vai para o Rio Grande do Sul onde se instala e dirige um colégio para meninas. A Guerra dos Farrapos interrompe seus planos e Nísia resolve fixar-se no Rio de Janeiro, onde funda e dirige os colégios Brasil e Augusto, notáveis pelo alto nível de ensino. 

Em 1849, por recomendação médica leva sua filha, gravemente acidentada, para a Europa. Foi em Paris que morou por mais tempo. Em 1853, publicou Opúsculo Humanitário, uma coleção de artigos sobre emancipação feminina, que foi merecedor de uma apreciação favorável de Auguste Comte, pai do positivismo. 

Esteve no Brasil entre 1872 e 1875, em plena campanha abolicionista liderada por Joaquim Nabuco, mas quase nada se sabe sobre sua vida nesse período. Retorna para a Europa em 1875 e, três anos depois, publica seu último trabalho Fragments d’un ouvrage inédit: Notes biographiques. 

Nísia faleceu em Rouen, na França, aos 75 anos, a 24 de abril de 1885, de pneumonia. Foi enterrada no cemitério de Bonsecours. Em agosto de 1954, quase 70 anos depois, seus despojos foram transladados pra o Rio Grande do Norte e levados para sua cidade natal, Papari, que já se chamava Nísia Floresta. Primeiramente foram depositados na igreja matriz, depois foram levados para um túmulo no sítio Floresta, onde ela nasceu. 



De fato, a história e a obra de Nísia são de uma importância rara. “Infelizmente, a falta de divulgação da obra de Nísia tem sido responsável pelo enorme desconhecimento de sua vida singular e de seus livros considerados de grande valor”, diz Veríssimo. 

A educadora, escritora e poetisa nascida em 12 de outubro de 1810, em Papari, Rio Grande do Norte, filha do português Dionísio Gonçalves Pinto com uma brasileira, Antônia Clara Freire, foi batizada como Dionísia Gonçalves Pinto, mas ficou conhecida pelo pseudônimo de Nísia Floresta Brasileira Augusta. Nísia é o final de seu nome de batismo. Floresta, o nome do sítio onde nasceu. Brasileira é o símbolo de seu ufanismo, uma necessidade de afirmativa para quem viveu quase três décadas na Europa. Augusta é uma recordação de seu segundo marido, Manuel Augusto de Faria Rocha, com quem se casou em 1828, pai de sua filha Lívia Augusta. 

Neste mesmo ano, o pai de Nísia havia sido assassinado no Recife, para onde a família havia se mudado. Em 1831, ela dá seus primeiros passos nas letras, publicando em um jornal pernambucano uma série de artigos sobre a condição feminina. Do Recife, já viúva, com a pequena Lívia e sua mãe, Nísia vai para o Rio Grande do Sul onde se instala e dirige um colégio para meninas. A Guerra dos Farrapos interrompe seus planos e Nísia resolve fixar-se no Rio de Janeiro, onde funda e dirige os colégios Brasil e Augusto, notáveis pelo alto nível de ensino. 

Em 1849, por recomendação médica leva sua filha, gravemente acidentada, para a Europa. Foi em Paris que morou por mais tempo. Em 1853, publicou Opúsculo Humanitário, uma coleção de artigos sobre emancipação feminina, que foi merecedor de uma apreciação favorável de Auguste Comte, pai do positivismo. 

Esteve no Brasil entre 1872 e 1875, em plena campanha abolicionista liderada por Joaquim Nabuco, mas quase nada se sabe sobre sua vida nesse período. Retorna para a Europa em 1875 e, três anos depois, publica seu último trabalho Fragments d’un ouvrage inédit: Notes biographiques. 

Nísia faleceu em Rouen, na França, aos 75 anos, a 24 de abril de 1885, de pneumonia. Foi enterrada no cemitério de Bonsecours. Em agosto de 1954, quase 70 anos depois, seus despojos foram transladados pra o Rio Grande do Norte e levados para sua cidade natal, Papari, que já se chamava Nísia Floresta. Primeiramente foram depositados na igreja matriz, depois foram levados para um túmulo no sítio Floresta, onde ela nasceu. 

A FITA MÉTRICA DO AMOR - MARTHA MEDEIROS



A FITA MÉTRICA DO AMOR

Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau 
de envolvimento. Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, 
quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri 
destravado. É pequena pra você quando só pensa em si mesmo, 
quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa 
justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de 
mais importante entre duas pessoas: a amizade.

Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, 

quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto.
 É pequena quando desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, 

quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo 
com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera 
de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger 
por comportamentos clichês.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de 

um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas 
semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas 
medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que 
parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de 
um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam 

e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não 
através de centímetros e metros, mas de ações e reações, 
de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, 
e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. 
O egoísmo unifica os insignificantes.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam 

uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.

Martha Medeiros

SENTA QUE LÁ VEM CONVERSA - FACA NA BOTA



FACA NA BOTA

Por Iara de Oliveira Rocha

Hoje na minha página do facebook Coisas de Iarinha https://www.facebook.com/CoisasDeIarinha
usaram um termo para se referirem a mim como "sei que você é faca na bota", 
essa é uma expressão usada no sul do Brasil que significa " aquela que não
leva desaforo para casa, termo sulista para  descrever mocinhas que se 
defendiam com um punhalzinho escondido debaixo da saia caso precisassem 
se defender de qualquer situação inusitada.
Fiquei tão feliz com o elogio que vocês não fazem ideia. 
Sou de uma geração que teve o privilégio
de ter de lutar por cada conquista feito uma onça brava, que é outro
 termo ao qual sou comparada; termo que também amo 
e chego usar no meu mural pessoal; tudo que quisemos ter tivemos de
brigar muito, nasci em fevereiro de 1960, época que mulher era educada
 para ser esposa e mãe.Brigamos para estudar, brigamos para trabalhar,
 brigamos para nos expressar, brigamos para namorar quem quiséssemos, 
brigamos para poder beijar na boca, brigamos para transar antes de casar,
 brigamos pelo direito de termos orgasmos, brigamos para casar, brigamos para nos
 separar, brigamos pela liberdade contra um regime autoritário, 
brigamos pelo nosso direito de consumidor.
Enfim tivemos de brigar por tudo, sem dúvidas que todas as coisas tinham mais gosto.
 As gerações vindouras usufruíram de todas nossas as nossas conquistas, 
graças a Deus. Mas percebo que nossa missão transmutadora não chega ao fim nunca.
 Agora brigamos por outros tantos e importantes motivos, 
ecologia, direito dos idosos, contra a corrupção, contra a agressãode mulheres, 
contra a homofobia, e contra todos os direitos cerceados. Continuamos lutando pelo
direito ao sexo, prazer, porque parece que as pessoas acham que as pessoas maduras
não tem mais direito ao prazer. E avisto uma luta novamente contra a liberdade 
de expressão se não abrirmos os olhos contra a bancada evangélica do legislativo 
que quer nos fazer regredir as trevas, achando que homossexualidade é doença, 
que as mulheres especialmente em alguns casos muito específicos
não tem direito ao aborto (na surdina estão votando esta lei), mesmo sob o 
risco de morte da mãe ou do bebe acéfalo, ou de estupro; querendo fazer 
com que o país deixe de ser laico e que os direitos pelos quais arriscamos 
nossas vidas nas décadas de 60, 70 e 80 sejam deixados para lá.
Então  eu realmente te agradeço demais meu amigo Ivan, amei o 
termo, e me fez repensar que desde menininha sou "Faca na Bota" 
com tanto orgulho, mas com tanto orgulho,
que cheguei a ter um acréscimo na estima por mim mesma tamanho contentamento.
Então comecei me lembrando das mulheres que abriram caminho para minha geração,
 todas elas "Faca na Bota" e decidi fazer publicações sobre tais mulheres, tantas 
vezes esquecidas, injustiçadas, e tantas outras ainda comparadas a 
prostitutas para diminuírem o devido reconhecimento que lhes cabe.
Então em homenagem a todas aquelas "Sangue nos Zóio" (sangue no olho)
 como diz meu filho em sua gíria. Publicarei várias mini-biografia delas. 
Vocês podem me ajudar sugerindo alguma 
que eu por ventura me esquecer. 

Beijos 
Iara de Oliveira Rocha.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

SENTA QUE LÁ VEM CONVERSA - SOBRE AS MANIFESTAÇÕES PÚBLICAS



SOBRE AS MANIFESTAÇÕES PÚBLICAS

Por Iara de Oliveira Rocha


Como sabem fui líder estudantil na época da ditadura, jamais fui comunista, pelo fato
de eu não acreditar em nenhum tipo de obrigação, jamais fui comunista porque sempre
estudei e julgava o sistema falido; porém jamais admiti que alguém ou algum sistema,
me tirasse a liberdade, raciocínio e livre arbítreo. Portanto sou a favor de que o povo
possa pensar por conta própria, que o povo tenha direito e acesso a educação e 
informação, que o fará mais criterioso. Mediante minha conhecida atuação no que
diz respeito a política as pessoas tem quase que exigido de mim uma colocação diante
dos fatos ocorridos nos últimos dias. Bem então vamos lá, quero lembra-los que é
apenas e tão somente a minha opinião a respeito:
- Como eu sempre disse aos meus filhos, um não tá certo e o outro também está 
errado. É óbvio que existe interesse político das duas partes por trás dos prós e dos
contra. Na minha humilde opinião tem muita gente sendo manipulada dos dois lados.
O fato é que é óbvio que temos motivos para nos manifestarmos por um ano inteiro,
consecutivamente, por uma causa por dia. E deveríamos faze-lo. A desautorização da
justiça de investigar políticos, elementos racistas e homofóbicos na comissão de direitos
humanos (que mais parece piada de mau gosto), a bancada evangélica tentando passar
uma lei que proíbe todo e qualquer tipo de aborto por motivos religiosos e não sociais,
por toda a roubalheira que existe em todos os níveis, federal, estadual, municipal e que
permeia todo e qualquer partido sem exceção, a bancada evangélica crescendo no 
intuito de mudar a constituição e retirar a qualidade do estado laico; a quantidade de
dinheiro gasta nos investimentos para a copa e total desleixo com educação e saúde
pública, a desigualdade de renda, a qualificação profissional( especialmente nas partes
mais afastadas dos grandes centros.) etc. etc.etc.
Vou falar de São Paulo pois é a minha realidade é óbvio que temos muitos motivos para
protestarmos.  São Paulo é refém, estamos sitiados pela marginália que por sua vez não
teve acesso decente a estudos e qualificações, porque temos uma escola que passa você
automaticamente de ano só por você comparecer; não ensina, formam alfabetizados
funcionais,que mal sabem assinar o próprio nome; e nada mais além disto, marginália 
que já vem de uma família completamente
desestruturada, marginália que não viu os trabalhadores de sua família terem acesso a
saúde, educação, transporte público para seres humanos e não para gado; marginália
que depois de tudo isto e com nenhum futuro em vida resolve partir para o crime porque
a vida bandida acena com muito mais vantagem.
Estamos sitiados pela marginália que sabe que temos um sistema de leis favorecedor que
premia o mau comportamento, um sistema de leis que os magníficos legisladores fecham
os olhos escondendo-se atrás de dogmas religiosos, para disfarçar que estão lá apenas
para proveito próprio. Sistemas de leis que já caducou, passou da hora de ser revisto
com franqueza e realismo. Estamos sitiados pela marginália que conta com o sistema
prisional que lhes garante uma sede segura para o escritórios de suas facções criminosas.
Sistema prisional que não corrige nem recupera nada e ninguém. 
Sei que este problema começa nos níveis sociais, que deveriam haver políticas sociais 
adequadas, porém qualquer atitude para modificarmos isto levará para apresentar 
resultados de 20 a 30 anos é a médio e longo prazo. Então não será possível esperarmos
neste estado de guerra, porque é disto que se trata, até vermos tais frutos, precisamos
mudar as leis, agora já, para ontem.
Temos motivos de protestar por sermos carregados feito gado nos horários de rush, 
pagando aumentos de tarifas que não se refletem em melhorias. Temos motivos para 
protestar por esperarmos as vezes um ou dois anos por uma consulta com um especialista
médico depois outros um ou dois anos pelos exames.
Temos motivos para protestar porque um policial que vive no limite com suas funções de 
risco ganha um salário de fome. Temos motivos para protestar porque um educador
que deveria ser o profissional mais bem reconhecido do planeta além de ter um salário
vergonhoso tem uma profissão de risco diariamente acuado pelo sistema medíocre.
Temos motivos para protestar nas mais diversas áreas, inclusive pelo aumento de R$0,20
que para alguém que ganha R$700,00 e ainda se esforça para estudar estará tirando 
a diferença da sua própria e já pobre alimentação. Quando um pai de família que é 
autônomo porque a "burrocracia" nos leva a sermos informais tira da boca de seus filhos
tal diferença.
E ainda tem os "Di menó" os menores da idade para quem nenhuma lei atinge, que não 
são criancinhas inocentes, são uns cavalos barbarizadores porque no meio em que eles vivem
quanto pior melhor. Sei que temos de começar pelas famílias blá, blá, blá. Porém qualquer
atitude neste sentido levará uns 30 anos para surtir efeito e queremos atitudes agora.
Porém também como sempre ensinei aos meus filhos "SE VOCÊ PERDER A EDUCAÇÃO
PERDERÁ A RAZÃO" acho que protesto é uma coisa e vandalismo é outra. Destruir 
patrimônio privado como uma banca de jornais no caminho, é inadmissível . Destruir 
patrimônio público que não é só seu é nosso, é meu também, completamente ridículo.
Sei também que a PM despreparada, afinal quanto tempo os carneiros ficaram quietos,
não tem competência e treinamento para a situação. Então ao meu ver um lado está 
errado, porém o outro não está certo. 
É óbvio que alguns partidos políticos se aproveitaram do momento já que o governador
e o prefeito estão na Europa tentando trazer um evento que realmente beneficiará 
São Paulo, aproveitam-se para denegrir a imagem da cidade no exterior. Então acho
que não tem ninguém certo. Porém acho que apesar dos abusos o povo tem mesmo
de se manifestar, mas em primeiro lugar se perguntar porque está se manifestando,
e se não estão servindo a interesses escusos e sendo massa de manobra.

Beijos
Iara de Oliveira Rocha

domingo, 16 de junho de 2013

SENTA QUE LÁ VEM CONVERSA - A CADA DIA QUE PASSA



A CADA DIA QUE PASSA

Por Iara de Oliveira Rocha

Como vocês sabem sou esteticista e tenho mais ou menos uma hora de conversa com cada
paciente minha que vem se tratar, e os tratamentos duram três ou quatro meses, portanto
consigo desenvolver amizade o suficiente para conversarmos qualquer assunto. Como 
todo profissional do meu ramo atuamos quase sem querer como ouvido amigo, quase 
terapêutico . E a conversa feminina muito diferente da masculina, que gira em torno de carro,
mulher, futebol, e dinheiro, é sempre uma conversa muito diversificada. Conversamos
sobre absolutamente tudo moda, beleza, psicologia, livros, filhos, receitas, dicas domésticas,
viagens e especialmente o assunto sempre recai sobre relacionamentos.
Esta semana atendi uma mulher bastante interessante e centrada, como eu na faixa dos 
cinquenta anos, que me dizia de um relacionamento que ela gostava muito, e a respeito
do possível término do mesmo a seguinte frase :-"O bom desta história e de estar tendo este
resultado é que a cada dia espero menos, até o dia em que eu não esperar mais nada."
Achei interessante o ponto de vista dela. Deixar tranquilamente um amor morrer de inanição.
Aí fiquei pensando ao analisar a tranquilidade, equilíbrio, discernimento e até certa frieza
daquela mulher, de quanto ela está correta. Quantas vezes nos desesperamos mediante
um possível término de uma relação, enquanto mais fácil seria deixa-la morrer de inanição.
Não alimentar expectativas, não alimentar ilusões, não colocar tinta onde já ficou desbotado.
Aí percebi que uma frase que a filosofa Dona Tita ( minha mãe) dizia significa a mesma
coisa: -"Dar corda para se enforcar". Aquela mulher estava usando o mesmo princípio.
Já conhecendo as reações do outro, ciente da falta de inteligência emocional do companheiro,
ela está dando corda para ele se enforcar. Ela poderia simplesmente dizer não me ligue
mais, não me procure mais. Mas se assim o fizesse deixaria que alguma raiz dentro dela
permanecesse e pudesse brotar. De maneira muito inteligente está deixando que as 
atitudes dele sufoquem qualquer coisa viva na relação. A hora que ela julgar extinto
qualquer sentimento de sua parte, virará calmamente as costas e partirá.
Sei que muitos de vocês vão dizer, ela não deu a mínima chance para ele; e eu digo
errado durante todo período de relacionamento ela deu sucessivas chances, ele não
aproveitou pela presunção que ela estava em suas mãos. As mulheres mais maduras
como eu tem sempre este problema, como se os homens achassem que estão fazendo
um favor estando com elas. Mas hoje em dia a fila de homens está grande especialmente,
porque a maioria destas mulheres não querem compromissos sérios e com obrigação.
Nós esta faixa etária que estamos sozinhas a algum tempo, desenvolvemos a habilidade
de vivermos sós, queremos um homem para carinho, atenção e sexo. Já temos filhos
somos profissionais, e com este perfil realmente não falta quem queira, os homens que
normalmente são mais jovens, tem este pensamento antigo e tacanha. Eu realmente
achei fabuloso o fato dela ser consciente do seu valor, de que ponto está e especialmente
aquilo que não quer para si. E de ser consciente exatamente que lugar ocupam na vida,
e de todas as possibilidades que a cercam. E como tem muita experiência de vida sabe
qual é a melhor maneira de extinguir o sentimento dentro de si. Matando-o por inanição,
Queria dividir isto com vocês pelo número de mulheres que ficam um caco quando do
término eminente de um relacionamento sem futuro. Não alimentem as ilusões, façam
uma lista de tudo que não gostam no relacionamento, percebam que lugar vocês ocupam.
E quando forem recordar porque saudades as vezes aparece, contabilizem toda sorte
de coisas que fez o relacionamento não ser bom. Em pouco tempo, a cada dia ficará
mais fácil virarmos as costas e buscarmos novos caminhos.


Beijão


Iara de Oliveira Rocha